sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ministro reforça agenda em SP às vésperas de deixar a Saúde

  
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Além da Campus Party, onde declarou o fim do convênio da Saúde com ONG fundada por seu pai, o ministro Alexandre Padilha agendou pelo menos outros sete compromissos na capital paulista entre ontem e hoje.
Padilha passou a manhã de ontem no lançamento de programa do SUS para pessoas com doenças raras. À tarde foi a evento de associação de higiene e cosméticos e a um congresso de odontologia.
Hoje ele será recebido no Sindicato dos Comerciários. Depois, terá compromisso em um hospital da capital e, à tarde, Padilha irá a São Bernardo do Campo para visitar o Samu. A seguir participará de evento no Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado com seu substituto na Saúde, Arthur Chioro.
Ontem, no evento de tecnologia, Padilha participou da apresentação de dois aplicativos criados por sua pasta e falou com jovens na Campus Party. Não quis falar de eleição: "Podem se preparar que vocês vão me acompanhar muito aqui em São Paulo".
O PSDB entrará com ação na Justiça Eleitoral contra Padilha alegando que ele fez campanha antecipada em sua aparição na TV: "O ministro usou um minuto de seu tempo na TV para falar de vacinação e três para fazer promoção pessoal", disse o presidente do PSDB paulista, deputado Duarte Nogueira.

Padilha na Campus Party

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Zanone Fraissat/Folhapress
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Alexandre Padilha visita a Campus Party no pavilhao do Anhembi, em São Paulo

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Seis transatlânticos atracam no Rio com 20 mil turistas

 

 

26/01/2014 15h29publicação
  • Rio de Janeiro
  • Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger          
  • Rio de Janeiro – Aproximadamente 20 mil turistas desembarcam de seis transatlânticos no Pier Mauá, zona portuária (Tânia Rêgo/Agência Brasil
    Aproximadamente 20 mil turistas desembarcam de seis transatlânticos no Pier MauáTânia Rêgo/Agência Brasil
    A temporada de cruzeiros no Rio de Janeiro está em alta. Somente hoje (26) chegaram à Praça Mauá, na zona portuária, seis navios trazendo, em sua maioria, turistas argentinos. Os navios partem hoje mesmo para a Argentina, levando também turistas brasileiros. Somente um deles, o Sovereign, tem destino distinto. Ele parte na tarde deste domingo para as praias do Nordeste.
    Os navios trouxeram aproximadamente 20 mil pessoas à cidade e, para agilizar a saída de turistas a seus destinos, a Secretaria Municipal de Transportes montou um esquema de ordenamento, com aproximandaente 350 táxis e 120 ônibus com ar-condicionado, levando turistas para Copacabana pelo preço de R$ 13, por pessoa. A secretaria também afixou, em frente ao ponto de táxi da Praça Mauá, uma tabela com o valor das corridas para diversos locais da cidade. Fiscais da secretaria orientam as filas.
    Rio de Janeiro – Aproximadamente 20 mil turistas desembarcam de seis transatlânticos no Pier Mauá, zona portuária (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
    Organizados em filas, taxistas aguardam para levar turistas a CopacabanaTânia Rêgo/Agência Brasil
    O gerente operacional do Píer Mauá, Alexandre Gomes, disse que o movimento de turistas no Rio vem crescendo a cada temporada. Segundo ele, o cruzeiro marítimo caiu no gosto do brasileiro e hoje, "nós temos navios dedicados à costa brasileira com [turistas] brasileiros à bordo. Além dos navios com argentinos à bordo. O argentino vem visitar o Brasil e tem o Rio de Janeiro como porto principal de escala, para conhecer os pontos turísticos da Cidade Maravilhosa".
    Gomes disse ainda que para o carnaval são esperados cinco transatlânticos que vão pernoitar no Rio de Janeiro. São turistas brasileiros, de diversas cidades do país, além de americanos e europeus que vêm conhecer o carnaval de rua, os blocos, e depois seguem para a Passarela do Samba para acompanhar os desfiles das escolas de samba. "É bem bacana que a gente acaba assistindo ao movimento no Píer Mauá. O turista sai e participa do carnaval de rua, retorna, toma banho, e volta para assistir os desfiles. Alguns até desfilam nas escolas de samba".
    Rio de Janeiro – Aproximadamente 20 mil turistas desembarcam de seis transatlânticos no Pier Mauá, zona portuária (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
    Turistas chegam para aproveitar o domingo no Rio de JaneiroTânia Rêgo/Agência Brasil
    De janeiro a abril, estima-se que 100 embarcações vão atracar na cidade. Um dos grandes destaques da temporada  foi a chegada neste sábado (25) do Queen Vitoria, que veio ao Brasil pela primeira vez e zarpou no final da noite. O Queen Vitoria segue a herança de luxo do Queen Mary 2 e do Queen Elizabeth e apresenta exclusividades nunca vistas em um navio: teatro com boxes privados, biblioteca de dois andares com escada em espiral, o museu Cunardia e um jardim de inverno com vegetação abundante e teto de cristal. O navio – que tem um tripulante para cada dois passageiros – chegou ao Pier Mauá com aproximadamente três mil pessoas.

     

     

     

     

     

     

    sábado, 11 de janeiro de 2014

    Ministério Público vai pedir a dissolução da Alstom
     


    MARIO CESAR CARVALHO
    FLÁVIO FERREIRA
    DE SÃO PAULO
     
     
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    O Ministério Público de São Paulo vai pedir a dissolução da Alstom no Brasil após a empresa ter se recusado a assinar um acordo pelo qual pagaria cerca de R$ 80 milhões para encerrar as investigações que apuram a suspeita de que a multinacional pagou propina para obter contratos com o governo de São Paulo.
    A Folha revelou na edição desta sexta-feira (10) que a Alstom havia rejeitado o acordo de R$ 80 milhões sob alegação de que os promotores não têm provas de que a empresa corrompeu funcionários públicos e políticos do PSDB.
    Na Suíça, onde a investigação contra a Alstom começou em 2008, a empresa pagou o equivalente a US$ 42,2 milhões (R$ 101 milhões) em 2011 para encerrar as apurações em torno da empresa.
    A Promotoria do Patrimônio Público em São Paulo queria fazer um acordo nos moldes do suíço.
    A dissolução da Alstom será pedida com base na nova lei anticorrupção, sancionada em agosto do ano passado. Segundo essa nova legislação, empresas envolvidas em corrupção podem ter suas atividades encerradas. A dissolução precisa ser aprovada pela Justiça.
    Outra medida prevista pela nova lei é a multa de até 20% sobre o faturamento da empresa. Como a Alstom faturou R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2012, a empresa pode ser multada em R$ 500 milhões caso fique comprovado que ela corrompeu servidores e políticos.
    Os alvos da Alstom eram contratos na área de energia (Eletropaulo e EPTE) e transporte (Metrô e CPTM).
    Os promotores dizem ter provas suficientes para demonstrar o pagamento de propina. Segundo a Promotoria, a quebra de sigilo bancário de contas secretas que a Alstom mantinha na Suíça mostra que a empresa abasteceu das quais saíram pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
    A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas. O consultor não revelou, porém, para quem repassou o dinheiro.
    Procurada pela Folha, a Alstom não se pronunciou até o momento. Robson Marinho diz não ter recebido propina nem ter conta na Suíça